Chrome Web Store

Como no post passado eu expliquei o que é Cloud Computing, agora um pouco de realidade.


Nos últimos anos muita coisa surgiu na internet. Teve o Facebook, o Twitter, o google Docs, o Aviary. Paralelamente, tivemos o lançamento do Iphone, com um modelo de negócios inovador de ter um sistema operacional de primeira categoria e ganhar dinheiro vendendo o serviço da App Store no lugar de vendendo o aparelho em si. A app store foi uma grande sacada. A Apple cria um canal de distribuição atrativo para os desenvolvedores, que podem vender seus aplicativos para milhões de usuários e, ao mesmo tempo, pode controlar o que vai aparecer nas telas dos iphones mundo a fora.


As coisas foram evoluindo e o Google lançou o sistema operacional de celulares Android. No mesmo caminho da Apple, criou o Android Market, outro canal de distribuição de aplicativos. Porém, uma pequena diferença que impacta nos desenvolvedores é o fato de o Android ser Open Source e de ter mais de um aparelho rodando o sistema. Hoje o Android é um canal de distribuição de software maior do que o iOS da Apple.


Essa brincadeira toda trouxe uma questão à tona no mundo da internet de desktops: como achar aplicativos na web? Os celulares tem os seus markets e app stores, mas e os computadores?


O Google já estava desenvolvendo seu sistema operacional totalmente baseado em webe que te coloca online em 7 segundos(do momento que vc aperta power, até o momento em que vc clica na barra de endereços). Com um sistema operacional assim, achar os aplicativos é o limitante entre ele dar certo ou não. Dada a dificuldade das pessoas em tecnologias novas inovadoras de mais(Google Wave, por exemplo), os usuários precisariam saber onde procurar seus aplicativos. Aliás, quem seria o desenvolvedor que não gostaria de ter a sua app numa página promovida pelo Google, acessável da página inicial de inúmeros usuários do Chrome? Os desenvolvedores ganham pois ficam visíveis para o público e o Google ganha tornando seu sistema operacional mais viável e também com a receita vindo dos destaques no site.


Acho que fui breve de mais nesse post sobre a Web Store. Mas a vejam como um canal de distribuição de software. Esse canal não só garante que o usuário chegue até o aplicativo que procura, mas também melhora os resultados de busca dos usuários no buscador comum, ou seja, melhora a rentabilidade do buscador do Google. Isso acontece pois cada informação e relação que se faz na Web Store é computada e se transforma em parâmetro importante na hora de indicar um anúncio. Para algo a mais nisso, veja o post de Alexandra Samuel na Harvard Business Review sobre o desligamento do Delicious. Por outro lado, o Google também ganha ao evitar o erro que teve com o Google Wave, de introduzir uma tecnologia completamente nova sem preparar as pessoas. Com esse canal de distribuição, eles começam a ter uma noção de como as pessoas se comportam nesse tipo de site e, mais ainda, preparam os usuários para usarem um sistema operacional baseado nisso. Para mim, a Web Store é um teaser do Chrome OS.


O próximo post será sobre alguns desses aplicativos. Como migrar para a núvem nem muito impacto. Se você usa os resumos aqui do blog, já está com meio caminho andado.




Ps: Esse post foi escrito no início de janeiro e, alguns dias depois, a Apple anunciou sua App Store para Macs. Vejam que, pelo fato de a internet estar super populada de coisas, é preciso criar canais de distribuição para poder fornecer produtos e serviços desejados. Imagine, por exemplo, o que seria de nós se não tivessemos um bom e velho varejista para comprar de todos os fabricantes e colocar num lugar só? É isso que está acontecendo na Internet hoje. Os canais de distribuição estão se formando. Daqui a pouco teremos Web Supply Chain! Aliás, acredito que já dê para usar esse termo em algumas ocasiões. Mas isso não é assunto para agora, é assunto para outro post.

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