Collaborative Consumption


Estava fuçando nos feeds de RSS disponíveis aqui no blog e acabei chegando nessa conversa do TEDx. Começou por um artigo do MIT sobre a Rachel Botsman, palestrante do vídeo e fui atrás das idéias dela.


No vídeo ela explica bem, mas vou me atrever a resumir a ópera aqui.


Segundo ela, a internet está trazendo a baixo mais um dos elemntos da economia tradicional que mantém o mercado e as trocas da forma como são: "the coincidence of wants". Isso é um dos custos de transação existente na dificuldade entre dois agentes se encontrarem. Basicamente é o problema de conseguir juntar no mesmo lugar e ao mesmo tempo duas pessoas que tenham algo que a outra quer. Se forem lembrar das teorias organizacionais de Thompson, a coincidência de desejos é o problema que as organizações com tecnologias mediadoras(Bancos, por exemplo) resolvem, ou tentam. Um banco junta, ao mesmo tempo e no mesmo lugar aqueles que querem poupar e aqueles que querem fazer empréstimos. 


Porém, com outros bens, que não o dinheiro, isso fica difícil. Ela argumenta que, com a internet, juntar as pontas de quem tem e quem quer fica cada vez mais fácil.


Identifica que a sociedade em que vivemos passa por uma mudança não só do que consumimos, mas principalmente, de como consumimos. Nessa linha, ela mostra os quatro impulsionadores dessa mudança e alguns dos efeitos disso hoje. Por enquanto, conseguiu classificar em três categorias esse tipo de rede. 

  • Redes de redistribuição: que são aquelas que reaproveitam os bens não utilizados para trocá-los por bens desejados. Acabam por aumentar o ciclo de vida dos produtos. Funciona muito bem para artigos de mídia, como filmes, livros e conteúdo de forma geral.
  • Redes de comportamentos compartilhados: são lugares em que pessoas de interesse comum colaboram entre si. O couchsurfing, por exemplo, é uma rede em que o usuário disponibiliza um sofá em sua casa para receber outro couchsurfer e, por fazer isso, pode sair mundo a fora surfando de sofá em sofá
  • Redes de produtos e serviços: são aquelas que envolvem o compartilhamento de um produto ou serviço. Por exemplo, o aluguel, em conjunto, de um carro; cada um dos locatários vão usar o carro num determinado momento, maximizando o uso do carro e atendendo às necessidades de cada um deles.

Vejam o vídeo abaixo para terem uma discussão mais elaborada disso tudo. E fica minha pergunta: 

Por quê esse tipo de rede não tem tanto impacto no mercado Brasileiro? 

Pessoalmente, acho que a origem da cultura Brasileira, do cordialismo, é algo que não combina com a colaboração, pois não há um fim mais individual. Em outras palavras, a cultura nossa é tão egoísta que nega algo que não seja egoísta, por mais que considere o aumento de bem estar do indivíduo.



Chrome Web Store

Como no post passado eu expliquei o que é Cloud Computing, agora um pouco de realidade.


Nos últimos anos muita coisa surgiu na internet. Teve o Facebook, o Twitter, o google Docs, o Aviary. Paralelamente, tivemos o lançamento do Iphone, com um modelo de negócios inovador de ter um sistema operacional de primeira categoria e ganhar dinheiro vendendo o serviço da App Store no lugar de vendendo o aparelho em si. A app store foi uma grande sacada. A Apple cria um canal de distribuição atrativo para os desenvolvedores, que podem vender seus aplicativos para milhões de usuários e, ao mesmo tempo, pode controlar o que vai aparecer nas telas dos iphones mundo a fora.


As coisas foram evoluindo e o Google lançou o sistema operacional de celulares Android. No mesmo caminho da Apple, criou o Android Market, outro canal de distribuição de aplicativos. Porém, uma pequena diferença que impacta nos desenvolvedores é o fato de o Android ser Open Source e de ter mais de um aparelho rodando o sistema. Hoje o Android é um canal de distribuição de software maior do que o iOS da Apple.


Essa brincadeira toda trouxe uma questão à tona no mundo da internet de desktops: como achar aplicativos na web? Os celulares tem os seus markets e app stores, mas e os computadores?


O Google já estava desenvolvendo seu sistema operacional totalmente baseado em webe que te coloca online em 7 segundos(do momento que vc aperta power, até o momento em que vc clica na barra de endereços). Com um sistema operacional assim, achar os aplicativos é o limitante entre ele dar certo ou não. Dada a dificuldade das pessoas em tecnologias novas inovadoras de mais(Google Wave, por exemplo), os usuários precisariam saber onde procurar seus aplicativos. Aliás, quem seria o desenvolvedor que não gostaria de ter a sua app numa página promovida pelo Google, acessável da página inicial de inúmeros usuários do Chrome? Os desenvolvedores ganham pois ficam visíveis para o público e o Google ganha tornando seu sistema operacional mais viável e também com a receita vindo dos destaques no site.


Acho que fui breve de mais nesse post sobre a Web Store. Mas a vejam como um canal de distribuição de software. Esse canal não só garante que o usuário chegue até o aplicativo que procura, mas também melhora os resultados de busca dos usuários no buscador comum, ou seja, melhora a rentabilidade do buscador do Google. Isso acontece pois cada informação e relação que se faz na Web Store é computada e se transforma em parâmetro importante na hora de indicar um anúncio. Para algo a mais nisso, veja o post de Alexandra Samuel na Harvard Business Review sobre o desligamento do Delicious. Por outro lado, o Google também ganha ao evitar o erro que teve com o Google Wave, de introduzir uma tecnologia completamente nova sem preparar as pessoas. Com esse canal de distribuição, eles começam a ter uma noção de como as pessoas se comportam nesse tipo de site e, mais ainda, preparam os usuários para usarem um sistema operacional baseado nisso. Para mim, a Web Store é um teaser do Chrome OS.


O próximo post será sobre alguns desses aplicativos. Como migrar para a núvem nem muito impacto. Se você usa os resumos aqui do blog, já está com meio caminho andado.




Ps: Esse post foi escrito no início de janeiro e, alguns dias depois, a Apple anunciou sua App Store para Macs. Vejam que, pelo fato de a internet estar super populada de coisas, é preciso criar canais de distribuição para poder fornecer produtos e serviços desejados. Imagine, por exemplo, o que seria de nós se não tivessemos um bom e velho varejista para comprar de todos os fabricantes e colocar num lugar só? É isso que está acontecendo na Internet hoje. Os canais de distribuição estão se formando. Daqui a pouco teremos Web Supply Chain! Aliás, acredito que já dê para usar esse termo em algumas ocasiões. Mas isso não é assunto para agora, é assunto para outro post.

Update do Budle

Para os que seguem o bundle, hoje atualizei os feeds. Tirei alguns que tinham saído do ar(Duke University e Duke Research), e adicionei outros:

  • INSEAD - Business School espanhola com forte publicação
  • Columbia Business School
  • Kellogg Insight - que é um hub de publicações da Universidade
Para quem ainda não segue o budle, esse é o link:


Chrome Web Store e Cloud Computing

Para começar o ano, acho que não há nada melhor do que brinquedinhos novos, ganhos no natal para usarmos durante os próximos 365 dias. 


Aproveito a ocasião para falar um pouco da Chrome Web Store.


Primeiro, um refresco de memória: Cloud Computing. Não é do conhecimento de todos esse conceito, mas é algo que, sem sombre de dúvida, muitos ouvirão nos próximos anos.


Ninguém sabe o tamanho da tal núvem, mas é grande. A núvem é uma entidade onipresente, representada pela internet. Ok, mas e daí? O mundo da internet sempre funcionou fazendo-se uploads e downloads de coisas. No começo, você trabalhava no seu computador pessoal, deixava o documento/arquivo pronto e fazia o upload para a núvem(que ainda não era chamada assim) para outros poderem baixá-lo depois.


Com a evolução dos computadores, de browsers, e, de certa forma, com os aplicativos de webmail, a núvem começou a mostrar a cara. O aplicativo de webmail era muito confortável. Você acessava o seu e-mail de qualquer lugar, sem precisar baixar em lugar nenhum! Só precisava de uma conexão e uma senha. Deles foram evoluindo os editores de texto online.


Esse é o primeiro grande recurso da núvem: mobilidade. A núvem está onde você quiser que ela esteja, só precisa se conectar.


Além da mobilidade, os aplicativos de web começaram a usar sua capacidade própria de processamento. Websites cada vez mais complexos e cheios de recursos contribuiram para isso. Hoje, o resultado é que temos diversos aplicativos extremamente complexos disponíveis por meio de um browser.


Outra vantagem da núvem que muitas pessoas esquecem é a segurança. Imagine que você usa um editor de textos versão 1.0. Quando lançam a próxima versão, você precisa baixar e instalar a nova versão. Não atualizar os seus softwares pode significar em deixar brechas na segurança do seu computador e das suas informações. Na ótica da empresa de software, eles precisam considerar a taxa de propagação da atualização para garantir que não vão receber nenhum processo judicial por software perigoso. Quando todo o processamento está centralizado num servidor que recebe os inputs e devolve a versão final dos "documentos", só é preciso fazer atualizações nos servidores da própria empresa. Há pessoas pagas para fazer isso já, e isso é feito de uma forma muito mais rápida, diminuindo a janela de ameaça que o usuário corre. Em suma, na núvem, tudo que se usa está sempre atualizado e o usuário não precisa nem pensar nisso.


Essa última vantagem trouxe à tona novas formas de encarar o software. Até então, software era uma mercadoria. O usuário comprava o programa, instalava e usava. Agora, como o usuário está sempre entrando no aplicativo, que roda no servidor da empresa, as empresas passaram a tratar o software como serviço. É muito mais comum hoje ver sofwares com assinatura do que antes.   Daí surgem diversas formas de precificação e custeio. Talvez esse seja um tema interessante para quem for fazer um TCC ou tese de mestrado sobre negócios do séc. XXI: como uma empresa digital precificar seu produto? por megabyte armazenado? Por banda utilizada? Ou então, como ratear o overhead nos diversos produtos de uma dessas empresas?. Aí entra a velha ferramenta do Kaplan, o sistema de custeio ABC, mas usando os conceitos de contabilidade misturados com os de analytics.


Acho que o post já está bem longo para um começo de ano. Escrevo sobre a Chrome Web Store no próximo post. 


Cloud computing é uma coisa bastante interessante. Eu, particularmente, sou heavy-user de serviços baseados na núvem. O Krauss Files só foi possível graças a ela. Gosto muito da idéia de poder acessar TODOS os meus documentos de qualquer lugar e editá-los como eu quiser.


Esse tipo de atividade também faz emergir a discussão sobre privacidade. Se todos os seus documentos estão num computador que não é o seu, então o que é seu? Também surgem várias teorias da conspiração. Mas acredito que é uma grande ferramenta e pode trazer muitos benefícios para todos nós. É preciso somente que saibamos utilizar e fiscalizar as empresas que prestam esse tipo de serviço. 


Usem com sabedoria!

Fred Wilson






Vou aproveitar que nessa época de matrícula o acesso ao blog é alto e publicar esse post:






Esse post é, em essência, a indicação de leitura para todos que se interessam por Business.

Trata-se do blog www.avc.com (sigla significa "a Venture Capitalist", não "acidente vascular cerebral").

Quem escreve é um, pasmem, Venture Capitalist de Nova York, Fred Wilson. Fred tem bastante experiência investindo em start-ups de tecnologia e internet. Dentre as empresas nas quais ele já fez seeding temos o Twitter, a Zynga(sabe? aquela que desenvolveu o farmville), o Foursquare, FeedBurner e muitas outras. Acho que ele tem uma leve noção do que está fazendo.

No blog ele geralmente escreve sobre tecnologia e empreendedorismo. Toda segunda-feira ele tem a coluna chamada MBA Mondays, que é uma breve explicação de ferramentas e teorias de negócios que aprendemos no nosso curso. Lá ele já escreveu sobre análise de projetos(Fin II), sistemas de custeio(Cont II), planos de negócios, estratégia e outros assuntos mais.


REH - Revista de Estudos Históricos

No final do ano passado saiu a quadragésima sexta edição da Revista de Estudos Históricos, organizada pelo CPDOC. Para quem não está familiarizado, CPDOC é um pedaço da FGV-Rio que possui um vasto acervo de documentos históricos a respeito da história brasileira. Eles também têm publicação acadêmica. 

Dessa produção, são compilados artigos que se transformam na Revista de Estudos Históricos. Os artigos da revista podem ser conferidos na íntegra no seguinte endereço:


Chamo a atenção para o artigo a respeito da Ditadura Militar na Bahia.

Finanças II

Aos que estão cursando Fin II com a Rosaura nas férias.


Estou colocando os exercícios que fazemos em aula na pasta de exercícios/listas. Não sei se ela vai chegar a corrigir essas listas ou só marcar se entregou, mas é sempre bom ter um plano B, caso não dê tempo de fazer tudo.


Eu tenho o B righam em pdf também, mas por motivos de copyright, não vou publicar aqui. Quem quiser algum capítulo, deixe o e-mail nos comentários.


Enjoy....

2011

Época de férias é época de vacas magras. É uma época paradoxal, pois é quando há mais tempo para escrever e postar, mas depois de um mês de férias esse é o primeiro post. Ninguém lê mesmo. É nessa época também que ninguém entra no blog. O relatório de acessos de dezembro não passou a marca média de um dia normal letivo. 

Mas tudo bem, escrevo assim mesmo.

Como de costume, em qualquer lugar, nessa época do ano, todos fazem uma retrospectiva do ano que passou e planos par ao ano que bate à porta. Nunca fui muito fã disso, acho que uma coisa sem fundo. It's all talk.... elephant talk.

Por isso, não faço planos mas peço uma reflexão. Uma reflexão sobre



FELIZ OLHAR NOVO
 
O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse
o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças.
É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem. Este foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou.
Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é SABEDORIA!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou?
Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa prá esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo o mundo esse olhar especial.
O Ano Novo pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O próximo ano pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular...
ou... Pode ser puro orgulho!
Depende de mim, de você!
Pode ser. E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!
Carlos Drummond de Andrade

Na realidade, não sei se esse texto é em verso ou em prosa, mas acho que essa versão em versos ficou boa. Concordo com Drummond, mas há uma coisa desejo a todos mais do que sabedoria: curiosidade. Sejam curiosos.

Divirtam-se

Aos que encontro no ateneu segunda-feira: "coragem para a luta". Finanças II está com o material quase completo no blog rsrs.